quarta-feira, 18 de maio de 2011

ASSIM QUE O DIA AMANHECER







Assim que o dia amanhecer



Praia da Pajuçara/Maceió/AL
 


  
    ( Rosário Lyra)



 
Nestes dias amanheci tantas vezes...

Tomando banho de mar bem cedinho
crianças chutando flor d'água, correndo daqui e de lá
sorridentes pisando algas, 
vendo estrelas do mar se enterrar
catando conchas, olhando ouriço, cavalo do mar

Deste mar senti tanta sede...

Por que  lua cheia seca  maré?
Infinito é o horizonte além mar?
Por que só jangada pesca agulhinha?
O navio é sempre pequeno e anda devagar?

Nestas tardes vejo o pôr do sol até hoje...

Barcos de pesca chegando
peles queimadas, rostos cansados
na praia mulher com penca de filhos
olhar de angústia à espera
de um amor que pode não voltar

Deste sol nasci tantas vezes...

Sou Fênix das Alagoas
praia de ponta verde nascente
mar de pajuçara poente.
Sou filha de arrecifes, corais quebra mar
vento Nordeste encrespando o mar.

                              




16 comentários:

Joop Zand disse...

It's again wonderful.....
really good work Maria.

greetings, Joop

Unknown disse...

Rosário,
Esse mar de Pajuçara é fonte inesgotável de luz e carícias mornas de brisas, em suas manhãs e entardeceres!Seu espírito, repleto de alagoaneidade, traduz em seus versos a magia e o encantamento de nossa terra.
Parabéns!!!
Dydha Lyra.
Membro da Academia Maceioense de Letras e do Movimento da Palavra ( Orgão de Divulgaçao Literária dos Novos Poetas Alaoanos. )

Maria do Rosário disse...

Very nice you like my work.
I love the flowers photograph, your country is wonderful.

greetings, Maria

Mariana Lyra disse...

Linda poesia Mae, muito linda mesmo! parabens!!

Maria do Rosário disse...

Dydha,

Só quem desfruta dessa orla de recantos e encantos, pode nos compreender.
Tirar proveito da adversidade quando estou quase morta de saudade, é meu alento.

um beijo no coração,

Maria do Rosário disse...

Filha,

Sou duplamente inspirada nessa poesia, minha infância me traz belas recordações.
Mas vivi tudo outra vez quando vocês eram criança.
Cavando piscinas na areia para vocês colocarem os peixinhos que pescavam com tanta euforia.
Mas a maré subia rápido na praia do Francês e os levava de volta... (Prá cazinha dele né mãe?)
Catar conchinhas, pegar jacaré, se lambuzar tomando picolé...Nossa! Parece que foi ontem:))
Um beijo filha,

Anônimo disse...

Quantas lembranças daquela época!

Nós crianças felizes, a natureza em sua totalidade de preservação.
Vidas marinhas, mar sem poluição, areia branquinha...

Minha querida,
Você para nós é saudade.

Maria do Rosário disse...

É realmente uma pena, alguem comentar e eu não saber quem é. Porque pelo comentário, me parece alguém bem próximo, que viveu todo isso junto comigo.
Meu muito obrigado pelo comentário, e meu respeito se não quizer se identificar.
Gostei muito!
Um forte abraço,
Um beijo enorme,
Rosário

Nina Pilar disse...

Na janela do teu blog abre-se o mar...
ele é imperativo!
gostei bastante...
abraço amigo, amiga

Maria do Rosário disse...

Esse mar é uma memória viva...
Vivo longe dele hoje, através do meu blog pude novamente tê-lo perto de mim.
Obrigado por sua visita,
Seja bem vinda ao Fénix.
Outro abraço amigo.

Carmen Troncoso Baeza disse...

Que maravillosa entrada tienes Maria, muy lindo tu blog, un saludo desde Chile,

Maria do Rosário disse...

Gracias Carmen,

Tu blog es una lectura muy buena, ¡bienvenido!

Lou Marciano James disse...

Olá.
Belo poema e bela imagem do crepúsculo vespertino em Pajuçara.
E é no crepúsculo que surge impávida a tão aguardada "hora da metamorfose".
Até.

Maria do Rosário disse...

Obrigado Lou,

Belo também é seu comentário, que tanto diz em poucas palavras escritas.

Beijo.

Anônimo disse...

Grande Maria,

Tenho sentido um crescimento bacana em suas poesias. Praticar é o melhor exercício que podemos ter.
Escreve, escreve sempre, escreve muito...
Deixe este blog transbordar de textos e fotos de nossa cultura Nordestina.
Você vai longe!!
Augusto Lisboa

Maria do Rosário disse...

Nossa, Augusto!

Fico lisonjeada porque descrevo o Nodeste como sinto.
A escrita é a expressão da minha saudade dos bons tempos dourados.
Obrigado pelo carinho:)
Rosário