quinta-feira, 4 de agosto de 2011

O RÁDIO EM NOSSA VIDA


Não é peça de museu eu fotografei em casa.

Hoje vou falar de nostalgia, aquela saudade gostosa que sentimos quando até com uma certa felicidade, lembramos o tempo que passou.
Voltei para os braços de minha  numerosa família, estou em Maceió e ontem nos ocorreu uma situação surreal, faltou energia elétrica, melhor houve um blackout.
Nada funcionava, primeiro as laternas de emergência estavam descarregadas, só tínhamos a luz das velas.
A Internet mesmo sem fio, todos os outros recursos  que nos vendem com sinal de rádio, esses bem mais modernos integrados aos aparelhos de celular e blackberry, também não funcionavam.

Lembramos então do nosso Rádio  à pilha, e que ainda funciona!!
E foi através dele que ficamos sabendo que houve uma explosão numa sub estação e que a falta de energia era geral, o tempo para reestabelecimento era de no mínimo cinquenta minutos. Assim foi, mas não demorou muito para faltar novamente e só reestabelecer umas três horas depois. Então relaxamos e fomos aproveitar uma noite sem energia elétrica, como nos tempos do rádio literalmente. Não faltou nostalgia.
Apesar dos avanços da tecnologia dos meios de comunicação, quem de nós não teve seu dia de nostalgia, quando o celular parou de funcionar e a agenda não estava salva; Você viaja e esquece de levar o carregador not book, ou não leva um adaptador universal para o celular; Sai para um passeio se depara com cenas inusitadas e a máquina fotográfica descarrega. e etc...

Sabem o motivo de tanta nostalgia? - Sou de outra geração, lembro perfeitamente que  pelo rádio ouvi a notícia de que o homem pisou na lua; Que o então Pesidênte Juscelino Kubitschek inaugurou Brasília; Que  assisti a copa do mundo de 70 no México, ainda pelo rádio; Que antes do toca fitas, todos paravam para assistir a Hora do Brasil, um boletim diário sobre o que acontece no Congresso Nacional;
Foi o rádio amador um dos meus primeiros instrumentos de comunicação no trabalho;  Também sinto falta da liberdade de viajar de férias e só ter dinheiro para uma ligação rápida avisando que cheguei bem, e da época em que sentava diante, ou dentro do cenário para tentar descrever de forma reduzidíssima o sentimento enorme de descobrimento e liberdade através do cartão postal.

E por fim lembrar que aprendi dançar com meu avô Zu ao som do rádio, nas muitas tardes em que passava em sua companhia nas férias..
Vovô era um pé de valsa e me ensinou tudo que sei dançar hoje. Viajando no tempo agora, entendo que ele só sintonizava o rádio em outra estação que não noticiário, quando encontrava uma boa música e não resistindo muitas vezes dançava sozinho, ou melhor na companhia do seu inseparável rádio.
Minha felicidade hoje é que esse mesmo rádio resistiu ao tempo e ao mesmo tempo me levou de volta no tempo. Depois das velas acessas rezamos um terço, saimos para comtemplar um verdadeiro céu de estrelas e ali sentadas paramos de falar para ouvir o verdadeiro silêncio, apenas ao som do rádio como antigamente!



3 comentários:

Meire Oliveira disse...

Rosário, minha querida, de fim de semana eu curto uma pequena nostalgia, sou apaixonada pelo som dos vinils, tenho uma vitrola que era do meu avô e eu tenho verdadeiro xodó rsrs
Acho que momentos assim são bons, nos acalentam a alma e nos trazem lembranças boas :) esse silêncio que vc curtiu hj é tão raro, mas fundamental para nos fazer sentir bem!!

bjokitas com master carinho!

Anônimo disse...

muito interessante!
nostálgica.

Anônimo disse...

Ro tenho grandes lembranças do radio, das novelas na casa da vóvó lica dos jogos do brasileirão que escultava com papai nos anos 70 até da formula 1 que escultavamos nos domingos deve ser porisso que até hoje sou apaixonado por radio e tenho sempre um de cabeceira